sábado, 28 de dezembro de 2013

A "facada" no cartão internacional e na compra de moeda estrangeira!

Ontem o governo anunciou o aumento de 0,38% para 6,38% na compra de moeda em cartões pré pagos e traveller checks, igualando a taxa já cobrada sobre despesas internacionais no cartão de crédito.

Mas além do imposto, tanto na modalidade cartão de crédito como na de débito, as instituições financeiras já cobram um spread bastante salgado na taxa de cambio, ou algo muito próximo do chamado dólar turismo. Vou explicar.

Fiz uma simulação com o cartão de crédito do Itaú, em despesas internacionais que paguei recentemente. Na data de fechamento do cartão, cerca de 10 dias antes do vencimento da fatura, a taxa de conversão para transformar suas despesas em reais é uma estimada - e que será ajustada (diferença a maior ou a menor) na data de vencimento da fatura.

Como o critério da taxa adotada pelos bancos e operadoras de cartão não são transparentes - procurei me informar no SAC  e a informação foi que se trata de um valor decidido entre as operadoras - resolvi fazer o calculo do que aconteceu no meu caso. 

O resultado foi que a taxa de cambio adotada final foi 0,5% acima do dólar turismo (fonte UOL), que já é cerca de 5% superior ao dólar comercial

Me recordo que a taxa de conversão no cartão de crédito há algum tempo, era apenas 2% a 3% acima da Ptax (taxa média de venda do dólar comercial) ou até menos. Mas como os bancos buscam sempre aumentar as margens, hoje as taxas se aproximam ou até superam o valor do dólar turismo.

Alem disto adicionando os 6,38% do IOF - pro leão - o custo de conversão do que vc gasta lá fora será de cerca 11% a 12% superior. Assim se o dólar comercial que fechou na sexta a R$ 2,354, a taxa de cambio para gasto lá fora será de cerca R$ 2,64, mais a flutuação de cambio até a data de pagamento. 

Vantagem no Pré Pago, é que não há a surpresa da flutuação - a taxa é a fechada no dia.

Na moeda papel continua com o IOF de 0,38%, mas há uma taxa fixa cobrada de banco a banco - o que requer cuidado e pesquisa - além da questão segurança de manter papel moeda com você.

Ou seja, estamos rumo a Argentina e Venezuela.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Gestão Pessoal ou de seu Negócio (parte 1)

Tenho estado em contato com muitos empreendedores que tem boas idéias, fazem acontecer, mas não tratam da gestão financeira da forma adequada. 

Então vamos lá! Gestão Financeira é um bicho de sete cabeças? 

A resposta é não, desde que se tenha alguma disciplina. Mas vamos ver como podemos analisar como as coisas estão.

Seu negócio já existe? Então a primeira coisa é um diagnóstico da situação.Como quem mais entende o seu negócio é você, tudo começa com uma boa conversa e entendimento do negócio.


Depois de compreender um pouco do seu negócio, há uma fase muito importante de coleta de dados. Apurar o faturamento e receitas de um determinado período, as despesas gerais, fixas e variáveis, impostos, empréstimos, folhas de pagamento, encargos, cujo o objetivo é classificar tudo e montar o cenário atual. Nesta fase um levantamento histórico e algumas conciliações são necessárias para poder ter uma foto mais nítida.




A fase seguinte é uma análise preliminar dos dados, normalmente em forma de demonstrativo de resultados, ou seja receita (tudo que entra) e despesas (tudo que sai) separado em despesas variáveis (aquelas que são proporcionais as receitas) e as fixas (aquelas que ocorrem independente se a receita ocorrer ou não).

Por último, o diagnóstico - mesmo preliminar - já dá boas pistas de como as coisas estão e quais são os pontos prioritários passíveis de melhoria. Vou dar alguns exemplos de que já encontrei. A receita é boa mas há uma taxa de inadimplência alta, pois o contas a receber não atua ou há pendências no faturamento emitido. Falta um planejamento fiscal que otimize o pagamento de impostos. Custos e despesas muito altas e gastos desnecessários, estrutura do negócio inadequada (aluguel alto, estrutura de pessoal), alto custo financeiro. Bastante coisa, não é mesmo?

Futuramente vou me aprofundar um pouco mais em cada aspecto da gestão, dando algumas dicas de aplicativos e programas de gestão para organizar e visualizar as receitas e despesas.